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A Philodryas nattereri, conhecida como Cobra-corre-campo, Corredeira e Ubiraquá, considerada um dos principais predadores do semiárido nordestino (Caatinga), onde é abundante. Ativa durante os períodos mais quentes do dia e semi-arborícola. Sua alimentação é generalista quando adulta, mas quando jovem, consome lagartos (de Mesquita et al., 2011). Para subjugar sua presa, esta espécie usa constrição e envenenamento, por seus dentes opistóglifos conectados à glândula de Duvernoy (Cardozo et al., 2009; Santiago, 2017). Como visto em outras Serpentes (Eg. Whitaker & Shine, 1999), acidentes ofídicos podem ocorrer quando elas reagem defensivamente, numa situação onde estejam encurraladas, esmagadas, capturadas ou manuseadas, inadequadamente (Araújo & Santos, 1997). Em geral, a tentativa de fuga antecipa o bote e exibições posturais podem ser notadas em várias espécies antes da picada ou mordida e mordida rápida defensiva por serpentes opistóglifas não resulta em envenenamento (Minton, 1979). Motivo possível para justificar o não temor à essas serpentes, considerada inofensiva pelo sertanejo, que por conhecê-la bem, ignora o perigo (de Freitas, 2003). O veneno de P. nattereri exibi uma menor complexidade quando comparado a de outras Philodryas, porém sua quantidade de proteínas ultrapassou a de P. patagoniensis (Zelanis et al., 2010) . A potência hemorrágica dos venenos deste gênero é comparável a dos viperídeos e o tratamento de pacientes picados por Philodryas sp. tem sido feito com soro antibotrópico no Brasil (Rocha e Furtado, 2007). Sendo sua peçonha potencialmente lesiva aos túbulos renais (Nery, 2012). Desta forma, evite manuseá-la!
Artigos relacionados a envenenamento, incluindo registro de óbito (Araujo & Santos, 1997; da Rocha & Furtado, 2007; Salomão & Di-Bernardo, 1995), comportamento e biologia da Cobra-verde, Philodryas olfersi, e Cobra-parelheira, P. patagoniensis: