Anacondas
Biólogo Henrique & Bióloga Rita
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Biólogo Henrique & Bióloga Rita
A anaconda, Eunectes murinus, por ser um animal de grande porte, quase não sofre predação quando adulta, especialmente as fêmeas. Todavia, parece ser vítima com alta mortalidade durante o primeiro ano de vida, tornando-se excelente banquete para diversos animais que coabitam seu ambiente nativo. Dentre seus predadores podemos citar mamíferos, como a Raposa-carangujeira (Cerdocyon thirty); lagartos, como o teiú (Tupinambis teguixin); aves, carcará (Polyborus plancus) (Rivas et al., 2001); jacarés como o jacaretinga (Caiman crocodilus) (Rivas et al., 1999) e, até mesmo, outras anacondas maiores, praticando canibalismo (O'Shea, 1994; Rivas & Owens, 2000).
Este momento raro flagrado na Colômbia, de uma Onça-pintada (Panthera onca) predando uma enorme fêmea de Sucuri-verde (Bucheroni, 2020), demonstra que até mesmo grandes predadores em ambientes naturais podem virar presas potenciais.
A anaconda Eunectes murinus (Linnaeus, 1758) habita grandes bacias hidrográficas da América tropical e figura entre as maiores cobras do mundo. Estudos de interações entre sucuris e humanos revelam que acidentes são raros e nenhuma morte confirmada, dos 330 casos, somente em um caso ocorreu ataque não provocado, onde a vítima se salvou, e 51 sucuris foram mortas por pessoas (Miranda & Strüssmann, 2016). Eventualmente aparecem notícias desses encontros na natureza, como o caso dos banhistas em Bonito, Mato Grosso do Sul (ND+, 2021) e de possíveis acidentes com anacondas, sem fatalidades humanas (Istoé; G1, 2020).
Em nosso estudo analisamos o crescimento de três irmãs anaconda fêmeas, com registros desde o nascimento em cativeiro até cerca de 14 meses de idade. As serpentes foram mantidas em ambiente controlado com temperatura constante e dados relativos à biometria, alimentação e muda de pele foram registrados. Ao final desses 445 dias, as irmãs cresceram em média 2,6 vezes seu comprimento inicial e aumentaram seu peso inicial em 3.830,10g, incorporando à massa corporal cerca de 43,5% do total de alimentos ingeridos. Elas apresentaram um total de 0,69 ecdises por mês nesse período, e não exibiram diferenças significativas nos intervalos de troca de pele, nem no crescimento corporal (peso e comprimento), quando comparadas entre si (Lamonica et al., 2007).
Mulher diz ter sido arrastada por cobra em lago, Alta Floresta - Mato Grosso.
Sim! Uma anaconda foi resgatada no Rio de Janeiro em 05 de maio de 2021 pelos Bombeiros, CBMERJ na rua Bernardo de Vasconcelos, Realengo - Rio de Janeiro, e entregue ao Parque Estadual da Pedra Branca, em Piraquara (@parqueestadualdapedrabranca PEPB Oficial).
Apesar de ocorrer na Mata Atlântica (Mendonça, Fernandes-Ferreira & Cruz, 2009; Pinto-Coelho et al., 2020), esta espécie, Eunectes murinus, não possui registro natural no estado do Rio de Janeiro, sendo desconhecida a origem desta cobra.
É importante destacar que infelizmente muitos animais, inclusive serpentes, são vítimas de tráfico, sendo vendidas em diversos mercados, feiras e lojas de artigos religiosos. Este comércio ilegal é fomentado pela criação como pet, uso em rituais mágicos/religiosos (especialmente em religiões afro-descentes) e, até mesmo produtos derivados destes animais, gerando impactos sobre a biodiversidade com o declínio de populações naturais, sendo as mais vendidas Boa constrictor, Crotalus durissus e Eunectes murinus em pesquisa feita no Norte e Nordeste brasileiro (Alves & Pereira Filho, 2007).
Este espécime de Sucuri-verde corresponde a um macho de 262 cm de comprimento total, 33 cm de cauda e cabeça com 9,5 cm, avaliado pelo Biólogo Luiz Regio (@luizeduardo.regio), com o auxílio dos Guarda-Parques da Piraquara (Tiago Frazão, Carlos Adriano, Kelvin Klay, Jorge Junior, Celio Bernardo, Ricardo Nunes e Edson Batista) e encaminhado para o CETAS de Seropédica-RJ no dia seguinte.
Em casos de tráfico de animais ou caça, denuncie! No Rio de Janeiro (021) 22531177 ou 181 em outros estados
Para resgate de animais silvestres em ambientes urbanos acione os Bombeiros 193
Em caso de acidentes com animais peçonhentos, lave o local da picada, hidrate a vítima e procure o hospital mais próximo; caso não seja possível, chame os Bombeiros, 193 ou SAMU, 192!
A atitude correta salva vidas!!!
Por ser um animal de grande porte, as sucuris (Eunectes murinus), com mordida potente e muitos dentes, abocanham suas presas ao desferir seu bote, puxando-as para a constrição, fazendo uso do substrato neste processo (Charles, 2007). Apesar de felizmente não haver nenhum caso oficial de óbito humano por anacondas (Miranda & Strüssmann, 2016), acidentes acontecem, podendo gerar lesões. A seguir temos alguns casos de acidentes com anacondas no Brasil: a mulher que foi mordida na mão ao capturar uma sucuri em Barretos, assista ao vídeo (G1-Ribeirão Preto e Franca, 2019), o empresário que foi mordido no rosto durante pescaria em Cuiabá (Souza, 2018) e o homem que ao entrar no lago foi surpreendido pela cobra que emergiu das águas e abocanhou sua perna (Catve, 2016).
Atenção para o verão, pois aumenta o número desses acidentes!!!!
Respeite a vida!!! Observe o entorno, caso aviste algum animal silvestre, mantenha distância segura, espere ele partir. Caso necessite remover o animal, chame os BOMBEIROS (DISQUE 193)!
O Biólogo Henrique se compromete em pagar a quantia de R$10.000,00 a quem comprovar a existência de uma anaconda, Eunectes murinus, a nossa Sucuri-verde, maior que 9 m de comprimento, cientificamente confirmável. Como critério, o animal precisa estar vivo, não torturado e devidamente assistido pelos órgãos ambientais: Bombeiros, Guarda-ambiental e IBAMA.
Que a cada dia que passe, mais e mais pessoas possam ter acesso à informação, aprendendo de maneira descontraída sobre a vida fabulosa das cobras e de outros animais.
Conhecimento para todos!!!
Muito obrigado!
Biólogo Henrique
"Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade"
Raul Santos Seixas
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